segunda-feira, 24 de março de 2008

Jacinto branco

A mesma terra
que gasta
que apodrece
e consome
A mais bela criatura.
No mistério do seu ventre
alimenta
cria
liberta
Dum bolbo sem ar nem graça
como um nabo na feura
em milagre
a formosura
do Jacinto
a liliácea bolbosa
de florzinhas gomosas
cheirosas
de toque quente
como um bafo de desejo
como apetites dum beijo
de amor
jamais consentido
que nem a morte venceu
e em cada Primavera
renasce, vive e revive
como na alma refloresce
o que nunca se esqueceu.
(poema de Maria José Rijo)

2 comentários:

Florescer disse...

Lindo poema. Lindos jacintos. Também estás na minha lista florida... eheheh

Anónimo disse...

bom comeco